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Uma semana de horror

Tive muito orgulho de participar do protesto #NãoMereçoSerEstuprada
Durante a última semana, o IPEA divulgou resultado de uma pesquisa que dizia que 65% dos entrevistados¹ diziam que “mulher de roupa curta” merecia ser “atacada”. Hoje, o instituto publicou uma errata dizendo que que, na verdade, 26% tinham a tal opinião cretina. 

Motivo para comemorar? Não! 58,5% dos entrevistados acham que, se as mulheres soubessem como se “comportar”, haveria menos estupros. Esses números ainda mostram que, infelizmente, a culpada pelo estupro é a mulher e não o estuprador. Quando, na verdade, o estuprador é o criminoso doente² da história.

Vi gente IRONIZANDO o movimento feminista através de comentários de meninas que “aceitariam” ser “estupradas” por homens bonitos (foto). Alguns disseram que essas meninas são "feministas". Não, isso não tem nada a ver com feminismo. 

Desinformados usaram as bobagens acima para desvalorizar a força do movimento feminista. Para ampliar a imagem, clique na foto.

Nós, feministas, lutamos por todas as MULHERES (cis e não-cis) inclusive as que acham que “aceitam estupro” de homem bonito. Estupro é violação, é violência, é brutalidade. Sexo é entrega, é troca de prazer, é orgasmo. Viram a diferença? 

Agora, vamos refletir. Mulher pode fazer sexo “sem compromisso” com um desconhecido atraente? PODE! Se ela quer, não é estupro. Se ela chama isso de estupro é porque ela é uma desorientada – e, talvez, jovem e inexperiente demais para entender o que é aquele calor que sente quando vê um homem bonito. HELLO!!! Então desconsiderem as bobagens que as meninas estão falando na foto acima, ok? 

Do início ao fim dessa história eu só vi machismo, intolerância, ódio e senti que nós, mulheres, não pertencemos a nós mesmas. Não que o homem seja totalmente livre dos protótipos da cultura predominante, mas com a mulher o julgamento é cruel a ponto de um grupo de pessoas julgar que uma menina/mulher merece ser “objeto sexual” de um doente por não “se comportar corretamente”. 

*** 

¹ Falei “entrevistados” porque alguns veículos de comunicação disseram que o resultado era opinião dos brasileiros de modo geral sendo que a pesquisa foi feita com 3810 pessoas que não podem responder por toda a população do país. 

² Usei a palavra “doente” para adjetivar o perfil psicológico de um estuprador. Não sou psicóloga ou psiquiatra para afirmar clinicamente que se trata de um caso de patologia. Porém, não acho justo generalizar todos os homens afirmando que são possíveis estupradores.

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